segunda-feira, 12 de outubro de 2009

"Deu um branco no Cantares 2009! 'Y otras cositas más!"

Por Alline Nunes Andrade




Carlos Alexandre e o "Arte sem Limites" cantam "É preciso saber viver!" no Cantares 2009. Foto: Rita de Cássia Ferreira da Silva.



Deu um branco!

Essa sensação de ter esquecido todo o repertório é incrível! Foi assim em nossa participação no Cantares 2009, pelo menos comigo. Com os outros integrantes do Arte, nem tanto...

Foi no dia 09/10/09, às 20h, no Teatro Universitário da UFES. Antes de abrirem as cortinas, o branco já estava lá, impiedoso! Eis que chega o feliz momento de encarar a plateia, observar a regência da Hellem, deixar se levar pela melodia e, é claro, soltar a voz, que era o que todos estavam esperando. Desse jeito, não tem "branco" que resista...

Começamos a cantar ao som do pandeiro de Mafriedy Dutra e do teclado com Fabíola Bortolozzo que, juntos, tocaram "Vejo Flores em Você!", de E. Scadurra, adaptada por Hellem Pimentel. Em seguida, entoamos o "Hino da Vitória", de Eduardo Santos.

Então, José Carlos abriu mão de seu posto no náipe dos baixos, apenas momentaneamente, e caminhou ao centro do palco, ao som do back vocal cantado pelo coral que anunciava a melodia de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso (http://www.youtube.com/watch?v=gMzpe9ynijA).

Os versos de Vinícius de Moraes, em "Soneto de Fidelidade", foram recitados por José Carlos que acabou se emocionando... não teve jeito, ficou sem voz por alguns segundos... A plateia compreendeu que não era esquecimento, não era despreparo... (Imagine o que é recitar uma poesia que começa com "De tudo ao meu amor serei atento...". Os versos assumem outro significado quando recitamos para uma plateia sedenta como aquela... Plateia e coral se tornaram cúmplices de imediato!)

Antes mesmo que José Carlos retornasse ao seu posto, Hellem ergueu sua batuta imaginária, o que fez com que cantássemos a bela "Aquarela do Brasil", com arranjos de Alain Pierre. Foi a nossa completa declaração de amor a um país pelo qual ainda vale a pena cantar.

Por fim, ou melhor, "semifim", se me permitirem, Cora Coralina se fez presente por meio de Eliane Cândido e Ingrid Araújo que recitaram "Aninha e suas pedras", convidando os presentes a recriarem suas vidas, continuamente...

Afinal, "É preciso saber viver!", como dizem Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Carlos Alexandre brilhou ao cantar essa música, cujos arranjos e adaptação são de Hellem Pimentel. A plateia cantou junto, bateu palmas, assobiou e pediu "Mais um!".

Por essa a gente não esperava... não mesmo! Vou confessar: não tínhamos preparado um bis! Sabíamos que a programação estava repleta de talentos que viriam depois de nós e não podíamos ir além do tempo reservado ao "Arte sem Limites".

O que fazer?

Agradecemos ao público e, em seguida, Bruno Fonseca se posicionou ao centro do palco para encerrar a nossa participação com "Oh! Happy Day!". Bem... Preciso dizer mais alguma coisa?!

Nos bastidores, após a apresentação, tinham novatos do coral meio tontos sem acreditar muito no que aconteceu... Afinal, é bom partilhar esses momentos, sermos aplaudidos por "mãos anônimas", por pessoas de quem alguns de nós só percebeu a silhueta... Que, de fato, os aplausos sejam merecidos!



É o que veremos na próxima apresentação.

Um comentário:

  1. Alline transmita minhas felicitações a toda essa galera do coral tá bom? O Bruninho é um menino que ficou conversando comigo depois de minha palestra lá para eles não é? Depois lembrei que já tinha visto ele cantar Happy Day em alguma apresentação... Bejão e parabéns!

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