"Durante a minha graduação na UnB, tive a influência direta de Odette Ernest Dias. Ela costumava dizer aos alunos que "música não importa se é erudita ou música popular, é música". Então sempre trabalhei essas duas vertentes da música. Pensei que seria interessante conciliar uma coisa com a outra, então fiz uma pesquisa em duas obras: Bachianas Brasileiras Nº 6, de Villa-Lobos, e a Sonatina em Ré Maior para Flauta e Piano, de Radamés Gnatalli. São obras de caráter erudito e acadêmico, em que os dois compositores trabalharam elementos musicais do choro. Porque, antes de qualquer coisa, eles eram amigos. Eu fico imaginando o Rio de Janeiro na década de 50, todo mundo conversando: Pixinguinha, Radamés, Villa-Lobos. Eles saiam, tocavam juntos, participavam de rodas de choro. Radamés e Villa-Lobos usaram esses elementos do choro, da música dita popular, na obra deles. Minha pesquisa foi justamente para entender como é que a música do Pixinguinha contribuiu dessa forma para a música erudita e porque para o flautista é importante conhecer essas duas vertentes da música."
José Benedito participa do ASL desde a implantação do projeto. Atualmente, o flautista é responsável pela oficina "Apreciação Musical", que acontece todos os sábados, de 9h30 às 10h20, no Centro Musical do Colégio Leonardo da Vinci, onde as atividades do ASL acontecem.
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