Foi realizado o I Curso de Musicografia Braille e Musibraille do ES, nos dias 21, 22 e 23/06/2010, pela Phylarmonia Arte e Cultura, com apoio da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames).
Convidamos a professora Dolores Tomé (DF) e o professor Antonio Borges (RJ) para nos ensinarem Musicografia Braille e Musibraille. Os nomes desses professores são valiosos quando falamos em Musicografia Braille. Expliquemos: a professora Dolores tornou-se uma das maiores conhecedoras e divulgadoras de Musicografia Braille e educação musical para cegos no Brasil, além de coordenar o projeto Musibraille; o professor Antonio Borges é responsável pela criação do Dosvox, Braille Fácil, Motrix e Microfênix, todos softwares desenvolvidos no Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ, gratuitos e com o propósito de promoverem acessibilidade digitral a pessoas com deficiência motora e visual. Em parceria com a Dolores Tomé, o professor Antonio Borges desenvolveu o software Musibraille, em que é possível transcrever partituras para a Musicografia Braille.
Creio que o curso deveria ter sido filmado, pelo menos que o primeiro e último dia tivessem sido. No primeiro dia, estavam todos os alunos inquietos com o Sistema Braille. Como fazer para entender os 6 pontos Braille e, ainda, como aplicá-los na grafia musical?
Foram três dias de trabalho intenso e dedicação e no terceiro dia quanta surpresa! Os alunos já tinha produzido a transcrição de 24 músicas em Braille e, como se isso não bastasse, estavam lendo uma partitura em Braille! As músicas já estão disponíveis na Musicoteca do Projeto Musibraille.
Ao término do evento, foi composto um comitê de Musicografia Braille que será responsável por se manter em constante comunicação com o Projeto Musibraille, disseminando este conhecimento no estado do ES. Fazem parte do comitê: Dalila Carletti, Hudson Eleotério, João Machado, Manoel Peçanha Nascimento, e Suelen Peroni.
Além disso, o diretor-geral da Fames, sr. Edilson Barboza, declarou a sua felicidade em ver o curso sendo realizado com tanto sucesso, demonstrando o interesse da instituição em cooperar com a disseminação do curso de Musicografia Braille na comunidade interna da Fames (alunos e professores), assim como nas cidades do interior do Espírito Santo.
Promover a acessibilidade a pessoas com deficiência é permitir que a sua atuação em qualquer espaço ocorra tranquilamente, como deveria ser para qualquer pessoa. O conhecimento transforma vidas! E assim vamos aprendemos que Musicografia Braille não é nenhum bicho de sete cabeças!
Avante!
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Para ver mais fotos, acesse: Projeto Musibraille - Registro fotográfico
Allline Nunes Andrade
Coordenação Arte sem Limites
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