terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um doce informativo!

Foto: Sunrise, de Luciano Canelas
Olá, amigos!


Sim, eu sei... há tempos não publicamos no blog. Em 2011, o Arte sem Limites passou por tantas modificações importantes que optamos por dar total atenção a essas mudanças para oferecer ao público um projeto cada vez mais bonito e cativante!


Recebemos alunos novos... A equipe vivencia o desafio de atuar com a diversidade proposta pela Síndrome de Williams, pela Síndrome de Down e pelo Austimo clássico. Alunos com características fantásticas, como as de Marina que tem um interesse aguçadíssimo pelas relações interpessoais e que adora música, tornaram o projeto Arte sem Limites ainda mais encantador! Isso sem falar que não podemos perder de vista nossos alunos mais antigos...


E é uma história que aconteceu com um desses alunos que vou contar para vocês... 


Ingrid inscreveu-se no "Arte sem Limites" em 2006 e, aos poucos, foi demonstrando sua percepção em relação ao que ocorre na totalidade do projeto, corrigindo nossas intervenções, sugerindo atitudes que melhorariam o trabalho desenvolvido no Arte. Logo, Ingrid se destacou na oficina de poesia, na qual ela se emociona profundamente, debate as questões filosóficas com maestria e não acata argumentos pouco convincentes (quem assistiu Ingrid recitar "Aninha e suas pedras", de Cora Coralina, deve ter sentido a emoção da presença dessa menina). No coral, sua voz de contralto garante a harmonia do conjunto. Na oficina de teclado, destacou-se como uma das alunas mais aplicadas. E recentemente assumiu o Comitê de Boas Vindas do Arte. Minha alegria ficou completa quando ela confessou o desejo de ser pedagoga. Bem... para uma pedagoga apaixonada por educação, ouvir que uma adolescente pretende seguir o mesmo caminho é, no mínimo, encantador!


Ocorre que Ingrid apresentou uma queixa... uma queixa que precisava ser sanada, mas ainda não sabíamos como poderíamos ajudá-la. Em seleções para emprego, essa jovem com tantas qualidades, não conseguia ser aprovada por um motivo simples: sua dificuldade com a língua portuguesa na modalidade escrita. Por ter baixa visão, Ingrid (assim como a maioria das pessoas com deficiência visual que eu conheço) comete erros ortográficos. Não ver a imagem da palavra dificulta a aplicação de uma grafia correta.


Essa queixa virou uma pulga atrás da minha orelha... Eu, que adoro a língua portuguesa e que atuo na oficina de poesia, fiquei realmente incomodada! Até que Carolina Poubel, sem saber dessa queixa, me propôs o seguinte: "Alline, que tal se o Arte sem Limites oferecesse uma oficina de projetos? Sim, projetos em que os alunos aprendessem a pesquisar sobre assuntos relevantes na vida deles e a escrever sobre o que pesquisaram, gerando um informativo?"


Então, convidamos Ingrid para uma reunião e, antes que apresentássemos a proposta para ela, Ingrid comentou:


"Eu, Samela e Jamilson estamos interessados em criar um jornalzinho do Arte... Na verdade, seria um jornal para falar sobre as coisas que acontecem nos bastidores. É que as pessoas só veem a gente no palco, mas não fazem ideia do que ocorre aqui, aos sábados... O que vocês acham?"


Eureka! 


Essa pergunta foi como me oferecer um doce! Um brigadeiro de colher, para ser mais específica! Meus olhos brilharam, eu abri um sorriso de canto a canto e respondi: "Será que finalmente vamos conseguir criar uma atividade para você - e quem mais quiser - compreender língua portuguesa de maneira totalmente prazerosa? Ou você acha que sua queixa foi esquecida?"


Como fazer? O quadro de horários  do Arte estava completamente lotado! Não cabia mais nenhuma oficina... A criação de uma oficina poderia ir por água abaixo ou esvaziar outras atividades já existentes. Foi então que propusemos o seguinte:


"Ok, Ingrid! Façam o jornalzinho. Quanto à língua portuguesa, criaremos um método para que vocês aprendam a corrigir o texto de vocês. O design do jornalzinho pode ser realizado por Carol Poubel, na Oficina de Ideias. E a divulgação pode ser on-line, feita por todos nós. Criaremos uma oficina virtual de língua portuguesa para que vocês se desenvolvam na produção escrita. O que acha?" 


Os alunos Ingrid, Jamilson e Samela construíram o texto, definiram as editorias, colheram depoimentos e selecionaram fotografias. Em seguida, eles apresentaram a proposta aos alunos do Arte sem Limites, que batizaram o informativo com o nome "Bastidores do Arte". Como todo o processo foi democrático, a criação da primeira edição foi um pouco demorada e refere-se ao que ocorreu no mês de outubro, embora esteja sendo lançada no final do mês de novembro/11.


No fim das contas, é difícil descrever a sensação... Há quem diga que o mundo não tem jeito. Nós, do Arte, conseguimos atestar exatamente o contrário com os nossos alunos-professores. Educação é um projeto de paciência... e a autonomia é uma característica totalmente possível de ser conquistada, desde que os envolvidos se respeitem, se compreendam, tenham consciência do seu papel e desejem participar como coautores do processo.


Quanto ao doce informativo, você pode ler a primeira edição clicando aqui. Você também poderá conhecer a descrição do layout feita para que as pessoas com deficiência visual "vejam" como o design foi elaborado, clicando aqui.


E por que essa postagem começa com a imagem do nascer do sol? Nada como um dia após o outro, não acham?


Um abraço afetuoso,


Alline Andrade
Coordenação do Projeto "Arte sem Limites"

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ARTE no Dia Nacional da Esperança


O "Arte sem Limites" marcará presença no Dia da Esperança, no próximo dia 06 de agosto,  evento promovido pela Rede Globo e suas afiliadas como uma forma de mostrar à sociedade de que maneira as doações feitas ao Criança Esperança são aplicadas nos projetos apoiados  em todo o Brasil.


A campanha do Criança Esperança 2011 traz como tema "A esperança é o que nos move" e teve as arrecadações iniciadas no dia 30 de julho.


O coral do "Arte sem Limites" foi convidado pela Rede Gazeta para cativar a todos os presentes no Dia da Esperança e para levar, por meio do talento musical e da alegria de viver de seus integrantes, uma mensagem de superação e encantamento com a vida. 


Em Vitória-ES, o evento ocorrerá no próximo dia 06, no Instituto Louis Braille do Espírito Santo, às 12h


Os demais projetos a serem visitados pelo Criança Esperança são:


Instituto de Artes Aurimar Monteiro de Araújo (Bragança, PA); 
Espaço Criança Esperança (Jaboatão dos Guararapes, PE; Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, SP; e Belo Horizonte, MG);
Lar Assistencial Maria de Nazaré (Brasília); 
Associação Missionária Evangélica Vida Missão Vida (Anápolis, GO); 
Instituto Social Vó Durvina (Curitiba, PA).


Cordialmente,


Alline Andrade
Coordenação

De cara nova!

Com a criação da Oficina de Ideias, conduzida pela designer Ana Carolina Poubel, o blog do Arte sem Limites ficou de cara nova! Solicitamos à Ana Carolina que criasse uma arte simples e elegante e o resultado não poderia ter sido melhor! Reportando-se aos conhecimentos do Design Gráfico, Ana Carolina Poubel esclarece como ocorreu a criação do novo design do blog:

“O layout do blog foi desenvolvido com base na representação em três dimensões do logotipo do projeto ‘Arte sem Limites’ e de sua desconstrução para gerar objetos de composição. O objetivo dessa desconstrução foi transmitir uma ideia de brincadeira com arte e música.

O fundo branco transmite a ideia de ambiente virtual clean e moderno em conjunto com as letras no mesmo tom, visualizadas somente a partir da sombra do branco sobre o branco, transmitindo uma ideia de seriedade.

O objetivo de trabalhar o branco desta maneira foi determinante para que a marca do projeto ficasse em evidência, devido ao alto número de cores contidas nela.

Todos os elementos considerados secundários são representados num tom de cinza chumbo, cor neutra utilizada na substituição da cor preta, considerado um tom muito pesado que poderia competir com a visualização da marca do projeto.

Foi recomendado aos responsáveis pelas postagens que sempre adicione uma imagem bem colorida para chamar a atenção do leitor para cada matéria escrita no blog, já que a marca aparece somente no topo.”

Alline Andrade
Coordenação

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sobre mudanças: mais do mesmo diferente

Imagem: Olhar de transformação


O “ARTE” vem passando por algumas inovações em 2011. O motivo é simples: se você deseja resultados diferentes, tome atitudes diferentes. Porém, vamos a algumas ressalvas...

O ARTE sempre demonstrou ser um projeto bem sucedido.

Os aplausos ocorrem como consequência de um trabalho de qualidade e pelo talento de seus integrantes.

A equipe tem crescido em comunicação e produção didático-pedagógica.

Os alunos têm demonstrado maturidade e responsabilidade.

As famílias identificam no ARTE uma oportunidade de desenvolvimento artístico, intelectual e social de seus filhos.

Os parceiros têm fortalecido o relacionamento em prol de uma causa nobre.

Esses e outros aspectos são o que eu chamaria de Mais do Mesmo (Sim, esse é o nome de um disco do Legião Urbana, com regravações de músicas de sucesso da banda).

Sendo assim, o que precisa ser diferente no ARTE?

A coordenação do projeto só é bem sucedida se for compartilhada. Visão de gestão não significa controle de informações. Então, a primeira atitude que tomamos foi rever o projeto artístico e pedagógico do ARTE. A equipe, pautada em interdisciplinaridade, respeito mútuo e cooperação, passou a assumir tutorias de pesquisa, o que já foi tema dessa postagem aqui.

Agora, falemos das mudanças as quais geraram as postagens “Comitê de Boas Vindas” e “Assembleia no ARTE”. Sim, vale a pena ler esses registros...

Além disso, queremos compartilhar com vocês os últimos informes sobre Hana Kitai, nossa incrível mascote.

Não podemos deixar de comentar sobre os quatro novos candidatos a alunos. Eles chegaram juntos, curiosos e acompanhados. Os acompanhantes são familiares que já sabem: podem também tornar-se alunos. Esses visitantes são totalmente diferentes de todos os integrantes que fizeram do ARTE um projeto mais do que especial. Esperamos que ao final do estágio probatório, eles queiram permanecer por um bom tempo!

Participe comentando sobre esse “mais do mesmo diferente”.

Sentiremos uma alegria imensa em saber o que você pensa.

Cordialmente,

Alline Andrade
Coordenação ARTE

Comitê de boas vindas

Imagem de boas vindas



Ao longo do tempo, o papel da coordenação do ARTE foi se definindo. Mas, dentre as atividades mais interessantes, cantar como soprano e ter contato com os integrantes e seus familiares foi o que mais me fascinou.

Ao cantar como soprano, eu podia perceber que atitudes a regente do coral Hellem Pimentel e, atualmente, o regente substituto Marcos Andrade podem ser aperfeiçoadas. Minhas intervenções têm o foco psicopedagógico. Se o regente fala algo que requer memória visual, ele precisa adaptar sua linguagem a pessoas que têm memória auditiva. Se o professor usa metáforas com pessoas que seguem o que você diz ao pé da letra, eu chamo a atenção para a adaptação do que ele fala... e por aí vai.

Além disso, muitas vezes eu desafino ou me sinto insegura, envergonhada mesmo. Alguns integrantes do coral percebem isso, percebem que eu, que estou coordenadora, sou como todo mundo. De carne, osso e bochechas vermelhas e quentes de vergonha! Por esse motivo, todos os professores do ARTE cantam no coral, são pares dos alunos.

Conversar com os alunos e com os familiares é, hoje em dia, mais difícil do que no começo. O ARTE está mais produtivo, mais dinâmico, mas ainda assim ouvir o que os alunos e os familiares têm a dizer é fundamental para o sucesso do projeto. Por isso, ultimamente, não tenho cantado tanto quanto eu gostaria...

Também por estar morando em Brasília,  com o compromisso de estar dois sábados por mês no ARTE, tem me impulsionado a distribuir claramente as tarefas e a avaliar as prioridades do projeto junto à equipe, aos integrantes e aos parceiros.

Somadas às tarefas de cantar e dialogar com os integrantes/familiares, temos a orientação da equipe pedagógica e a recepção de visitas. Muitas vezes, todas essas demandas acabam surgindo ao mesmo tempo... E como uma pessoa não consegue realizar tantas tarefas no mesmo momento, expusemos aos integrantes essa impossibilidade. Solicitamos que as pessoas interessadas em assumir a recepção de visitantes, sob orientação da coordenação, se manifestassem para comporem o Comitê de Boas Vindas do ARTE.

Foi assim que Eliane Candido, Fernanda Nogueira, Ingrid Araújo e Sâmela Christo se responsabilizaram por apresentar o ARTE aos convidados Pedro de Alcântara, Victor Humberto, Eliane Gonzaga, Edu Henning e à equipe de Bia Lindenberg. Cada uma, a seu turno e de maneira brilhante, apresentou os princípios do projeto, atividades e planos para os próximos anos. E também assinaram, junto à coordenação, os certificados de voluntariado. 
As integrantes do Comitê de Boas Vindas demonstraram competência na arte de receber e serão as responsáveis por apresentar o ARTE sempre que se fizer necessário.
Mudança é movimento, é a arte de transformar-se.

Ver essas meninas demonstrando que o ARTE é tão importante para elas ainda não tem nome...

Alguém sugere um nome para esse sentimento?

Com carinho,

Alline Andrade
Coordenação do ARTE

Assembleia no ARTE

Há pelo menos 15 dias, a equipe do ARTE foi procurada por Ingrid Araújo, que nos apresentou algumas questões comentadas nos bastidores entre os alunos. Naquele momento, tivemos a sensação de que os alunos teriam algum receio em apresentar as suas ideias abertamente e lamentamos o fato porque eles não tiveram a oportunidade de debater conosco questões que foram discutidas apenas com Ingrid.

Imagem: Representação de diálogo

Esse incômodo – tratar com exclusividade algo que deveria ser tratado com todos – fez com que sugeríssemos a realização de uma assembleia por mês, com pauta elaborada pelos próprios alunos e equipe, de modo a discutirmos de forma democrática as demandas do projeto. A ideia foi aceita por todos. Para não interromper as atividades comuns, as assembleias ocorrerão sempre no primeiro sábado de cada mês, no intervalo do lanche, com a primeira reunião agendada para o dia 02/07/11, das 10h30 às 11h.

Avaliaremos, com o tempo, como as assembleias serão conduzidas.

O importante mesmo é que esse espaço seja democrático, dinâmico e rico de debates entre os integrantes do ARTE.


Cordialmente,

Alline Andrade
Coordenação do ARTE

Azul, cor da esperança

O projeto "Arte sem Limites" começou o ano com a alegria de ter uma mascote: a filhote de Akita, Hana Kitai. O nome foi escolhido com muito cuidado e significa “Flor de Esperança”. Hana nos foi doada por Carol Bridi (soprano do ARTE). Não tinha como ignorar o apelo de seus belos olhos azuis e de sua condição especial...

Foto: Hana

Desde a sua primeira aparição no projeto, Hana conquistou a equipe e os alunos e, mesmo tendo nascido com má formação no quadril e problemas nas articulações, essa é uma cadelinha que dá um show de superação! 

No último dia 25/05, Hana nos deu um susto imenso ao sofrer a sua primeira luxação em uma das patas traseiras (Leia mais a respeito no post "Das lições que a vida de Hana ensina"). A procura por um tratamento adequado à Hana teve início em Vitória-ES desde sua chegada, em março/11. 

Já falamos sobre o carinho com que a Dra. Flávia Toscano, a Dra Mariah Darós e a Dra. Larissa Peisino dedicaram à Hana. Mas foi em Brasília-DF que buscamos um tratamento mais incisivo, onde sua recuperação poderia ser mais tranquila.

Em razão de sua condição especial, Hana foi transferida para Brasília-DF, onde poderá ter acesso a maiores recursos de reabilitação. A partir do conselho de uma desconhecida, fomos parar no HVet-UnB, onde conhecemos o Dr. Sandro Stefanes, doutor em cirurgia veterinária e professor da UnB, e sua equipe. O Dr. Sandro realizará uma artroplastia bilateral do fêmur, no Hospital Veterinário da UnB, no próximo dia 20. Por se tratar de um hospital escola, uma equipe de residentes acompanhará a cirurgia desse que é o primeiro caso de má formação no quadril atendido pela UnB em 2011. 

Logo que a cirurgia foi agendada, o Dr. Sandro nos recomendou o atendimento do Dr. Marcelo Nemer e sua equipe. Hana realizará fisioterapia intensiva com o Dr. Marcelo Nemer que, junto à equipe da Physical Dog, poderá intervir por meio de fisioterapia, acupuntura, shock wave e muito carinho! Hoje, o Dr. Marcelo já aplicou bandagens funcionais na pequena Akita. Existem alguns vídeos de reabilitação animal promovida pela equipe da Physical Dog e, de fato, o atendimento é excelente, tornando Brasília referência em fisioterapia e reabilitação animal no Brasil.

A história de Hana passou também a ser conhecida por integrantes da Sociedade Humanitária Brasileira, como Suzane Faria, Nena Medeiros e Jane-Maria. Nos encantamos também com a história do Projeto Hammã, realizado em Goiânia e coordenado pela doce Meibel. Alguém duvida de que estão todos na torcida?

Com tudo isso vivido em apenas uma semana, estamos esperançosos com o futuro de Hana. 

Ela está em boas mãos e com bons corações.

Agora, a cor da esperança não é mais verde... é azul. O azul da cor dos olhos de Hana...

Com carinho,

Alline Andrade
Coordenação do ARTE

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Álbum de fotos_Arte e Animazul

Veja as fotos da manhã de experimentação de técnicas de animação promovida, no dia 14/05/11, das 8h às 12h, pelo ponto de cultura Animazul e o Arte sem Limites. A equipe, liderada por Beatriz Lindenberg, realizou uma manhã cheia de descobertas com os alunos do Arte. 


Foto: Roberto em técnica de pixelation

Foto: Claudine e Douglas em técnica de pixelation

Foto: Yellow Submarine em massa de modelar

Foto: Ingrid em técnica de desenho
Foto: Bastidores da fotografia dos personagens


As fotos estão incríveis e os comentários sobre essa atividade são mais do que empolgantes! 



Para visualizar as fotos, clique no link ao lado. O álbum está publicado no Picasa: Álbum_Arte e Animazul


*****
Leia os comentários de quem participou dessa manhã animada:

Samela Christo, aluna, em 14/05/11: 
Oi, galera, posso falar? Pra mim, hoje foi a melhor manhã do ASL esse ano...Muuuuuuuuuuito massaaa, adorei...
Valeu, coordenação e a Beatriz Lindemberg, por proporcionar essa aula pra nós... Uiui, foi muito legal! 
Beijos, Sam.

Ana Carolina Poubel, professora de Stop Motion, em 14/05/11:
Que bom que vc gostou, Sam! Pelo menos agora a oficina teve como mostrar um pouquinho do que a gente vem pensando pra esse ano! Vamos arrasar!

Os meninos produziram mtos vídeos! Até o Roberto foi ator em um deles! E arrasou!


A Bia levou duas técnicas diferentes, o stop motion com massinha e a técnica de pixelation (que é o movimento com o corpo). Foram produzidos vídeos de todos os tipos, teve gente se transformando em monstro, se beijando, teve princesa resgatada pelo príncipe, teve dragão, teve até o Yellow Submarine dos Beatles com a Lucy! 
Foi o maior barato! Os meninos ficaram mto empolgados mas se comportaram mto bem.



Andreia Carvalho, professora de Stop Motion, em 15/05/11:


Olá, pessoal!

Para quem estava ontem no Arte e para quem não pode estar lá conosco, estou enviando algumas fotos para verem como foi interessante nosso dia. Tudo bem que tiveram pessoas que ficaram irreconhecíveis (ha hahahaha) mas o resultado ficou bem divertido. Se o álbum demorar a abrir, aguardem um pouquinho porque eu fiquei empolgada e inserí  váaaarias fotos.

Beijos para todos!




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Abraços,


Alline Andrade
Coordenação do Arte sem Limites

Das lições que a vida de Hana ensina

Foto: Hana e Alline


Desde que Hana entrou em nossas vidas, eu venho me perguntando: "Por que será que ela tinha que viver essa condição de deficiência física?". Eu queria entender o que um cachorro tinha a aprender com os desafios que essa condição trazia para ela. Acabei percebendo que o aprendizado não é dela, mas de seus cuidadores.

Ontem à noite, 25/05/11, Hana passou pela primeira luxação de uma das patas traseiras. Sinceramente, eu nunca vi um cachorro chorar tanto... Esse comportamento vindo de uma Akita que praticamente não se incomoda com nada era realmente assustador. Tive que colocar a pata dela de volta, tentando, ao mesmo tempo, conter o meu desespero e consolar a pobre Hana.

Ao chegar na clínica, constatamos que Hana está com previsíveis – porém indesejáveis – 9kg. Esse pode ter sido o primeiro fator a cooperar para que ela nos desse tão grande susto, além, é claro, do seu quadro ortopédico complexo. A veterinária que a atendeu ressaltou algo importante: essa é a primeira de muitas luxações.

Hana foi medicada, teve a patinha imobilizada e voltou para casa, meio sem norte, meio sem jeito, tendo que se adaptar àquela nova condição: repouso total e absoluto aos 4 meses de pura energia!

Foto: Hana com patinha imobilizada

Hoje cedo voltei a cismar com aquela dúvida insistente: qual é o aprendizado nisso tudo?

A cada mês, tenho consciência do quanto o quadro ortopédico de Hana é difícil. As radiografias têm mostrado isso...

Sem considerar Hana uma filha - decerto que nossas espécies são totalmente diferentes -, eu comecei a imaginar as dificuldades e angústias dos pais no momento de cuidarem e apostarem em seus filhos diferentes.

O quanto deve ser desanimador para esses pais encontrar um especialista que olha para o seu filho e faz uma previsão cinzenta de chuvas e tempestades para os dias que virão.

O quanto deve ser doloroso olhar para o filho e enxergar nele mais uma criança que, por isso mesmo, quer mais é brincar, correr e viver como as outras crianças, sem que alguém fique preocupado com as conseqüências desastrosas que esse jeito natural de ser pode trazer.

O quanto deve ser desesperador você saber que seu filho precisa de inúmeros recursos para ter uma vida melhor, mas não encontra muitas alternativas que propiciam o acesso a esses recursos. Isso não apenas na área da saúde, mas na educação e na cultura, diga-se de passagem.

E o quanto é consolador encontrar profissionais que te deixam clara a condição do seu filho, mas que não te permitem desanimar, fazendo você entender que, embora seu filho tenha uma condição especial, com algumas adaptações e aquilo que eu chamaria de “correção do ponto de vista”, podemos pintar um quadro um pouco mais primaveril dos dias cinzentos que virão.

As profissionais que acompanham Hana em Vitória são umas das pessoas que mais nos dão força no cuidado com Hana. A Dra. Flávia faz com que o momento tão delicado de tirar RX seja uma festa; a Dra. Larissa fica atenta ao processo fisioterapêutico de Hana, de forma sempre carinhosa e gentil; a Dra Mariá é zelosa, responsável e otimista com o quadro clínico da nossa mascote.

Eu não sou profissional veterinária... mas lido com gente muito especial. E, pensando nas marcas positivas que essas profissionais têm deixado na família do Arte desde que Hana se tornou parte dela, é alguma marca positiva (na verdade, inúmeras delas) que eu desejo que a equipe do Arte deixe nos pais e familiares dos nossos alunos.

Que desafio, não é mesmo, equipe?

Cordialmente, 

Alline Andrade
Coordenação Arte sem Limites

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Voluntariado: da música de Bossa&Beatles à arte de animar com Beatriz Lindenberg

Há algum tempo, eu escrevi sobre "voluntariado" e o texto foi publicado no site do Centro Educacional Leonardo Da Vinci, sob título “Sobre Voluntariado Da Vinci – Arte”.

Imagem"Paloma con Flores", de Pablo Picasso


Como eu dizia naquele texto, o voluntário (...) se dispõe a doar ao outro um pouco do seu tempo ou de seu conhecimento e, assim, atuar na transformação social de uma comunidade. Já podemos identificar mui rapidamente que, se assim for, o voluntário pode ser inspirado pela generosidade tanto quanto pela justiça.

Mas, como toda ação tem reação, aquele que doa um pouco de si recebe também um pouco do outro. E se o outro for coletivo, não há dúvidas de que a recompensa pesa mais na balança. Cá entre nós, é bem possível que o voluntário não tenha conhecimento dessa equação.”

Por coincidência, a primeira postagem do mês de maio é sobre voluntariado... Maio, que é iniciado pelo “dia do trabalho”. Basicamente, uma pessoa trabalha para, além de desenvolver suas habilidades em sua área de formação, obter algum tipo de retorno, especialmente o financeiro. No voluntariado, ao contrário, pressupomos que existe alguém movido pelo desejo de intervir sem esperar retorno. Ele sabe “que sabe alguma coisa” que pode, de alguma forma, mudar a perspectiva do outro. Então ele se doa.

Essa doação pode ser de várias formas...

O ARTE tem como base o voluntariado, desde sua fundação, mas o ano de 2011 vai ficar marcado! Ainda não terminamos o primeiro semestre e já contamos com a participação de voluntários fantásticos! Não falarei dos que compõem a equipe permanente... Esses não querem que falemos deles justamente porque estão lá, todo o sábado. Mas falemos dos que nos honraram com sua visita e que deixaram a porta aberta para voltarem.

Em 02/04/11, tivemos a felicidade de receber Eliane Gonzaga, Pedro de Alcântara e Victor Humberto. Eles tocaram e contaram histórias sobre a Bossa Nova de um modo muito peculiar. Com eles, descobrimos que  “Dindi”, por exemplo, é o nome de um rio... Curioso, não? 



Fotos: Victor, Eliane e Pedro em bate papo musical sobre a Bossa Nova

No sábado seguinte, foi a vez de Edu Henning abrir o livro de curiosidades sobre os Beatles! Foram duas horas seguidas de bate papo... Os alunos se concentraram em ouvir, ver e respirar! Também pudera! Com o Edu, descobrimos que “Hey, Jude!” foi escrita por Paul McCartney para o filho de John Lennon, o pequeno Julian, ao longo de oito quadras percorridas de carro. E que “Lucy in the Sky with diamonds” foi inspirada em um desenho de Julian que ilustrava sua coleguinha Lucy!


Fotos: Edu Henning em bate papo sobre Beatles


Foram tantas as curiosidades sobre a Bossa Nova e os Beatles, que eu teria que pedir a todos os alunos para fazerem uma lista a qual chamaríamos de “Tudo o que você precisa saber sobre Bossa Nova e Beatles e ninguém te contou!”. Será que daria certo?

Além de bater papo e pesquisar sobre os temas, outro ponto era importante. Como fazer para compreender as letras das músicas em inglês? Sim, porque, se estamos estudando Bossa Nova e Beatles, (é claro) que vamos precisar cantar um bom repertório em inglês. Eis que aparece Haifa Sawaia, professora de inglês trazida por Victor Humberto, com sua voz de contralto e seu coração voluntário. Nos dois últimos sábados, Haifa e eu refletimos sobre o significado das músicas dos Beatles com os alunos e a equipe do Arte. Haifa traduzindo e eu tentando segurar algumas batatas quentes filosóficas! Isso é assunto para outro post...


Fotos: Haifa, Alline e as traduções das músicas
  
O voluntariado não pára por aí... Como no Arte, “tudo o que é bom dura sempre”,  teremos a visita especial de Beatriz Lindenberg, fundadora do Instituto Marlin Azul e do Ponto de Cultura Animazul. Ela fará um "Bate Papo sobre o Projeto Animação e as principais técnicas usadas na arte de animar" no dia 07/05/11, das 10h30 às 12h. 

Foto: Beatriz Lindenberg em entrevista para divulgação do
projeto de animação "Revelando os Brasis" 
No dia 14/05, sábado seguinte, ela e sua equipe passarão uma manhã inteira com o "Arte sem Limites" para apresentar  variadas técnicas artesanais como animação com massinha de modelar, animação de recorte e desenho em papel. O encontro ocorrerá das 8h às 12h.

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Amigos,

Estou em dívida com vocês... Falta falar sobre o “Comitê de Boas Vindas” e sobre as “Entrelinhas traduzidas”... É nisso que dá ficar tanto tempo sem publicar... A vantagem é que sempre temos algo bom a dizer!

Abraços, com afeto,

Alline Andrade
Coordenadora do Arte sem  Limites

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lançamento do MUSIBRAILLE em Manaus, Belo Horizonte e Campo Grande

Projeto MusibrailleDivulgamos o "Lançamento do MUSIBRAILLE em Manaus, Belo Horizonte e Campo Grande" promovido pela Petrobras, nos próximos dias 27, 28 e 29 de abril em Manaus – AM, 25, 26 e 27 de maio em Belo Horizonte  – MG e  01, 02 e 03 de junho em Campo Grande  – MS. O software já foi lançado no ano de 2009 em Brasília – DF, Recife – PE, Belém – PA, Rio de Janeiro – RJ, Porto Alegre – RS, São Paulo – SP, Fortaleza – CE e Vitória – ES.

Em 2010, o "Arte sem Limites" promoveu o I Curso de Musibraille e Musicografia Braille do ES, quando tivemos a oportunidade de conhecer o Musibraille.

Dolores Tomé, uma das criadoras do Musibraille, detalha a relevância desse software no trecho a seguir:

O projeto MUSIBRAILLE destina-se a criar condições favoráveis à aprendizagem musical das pessoas com deficiência visual que sejam equivalentes às dos colegas de visão normal. Existem poucos programas de computador disponíveis no mercado para transcrição musical em Braille e, para o contexto brasileiro, esses programas estão fora da realidade uma vez que, além de caros, são incompletos e não emulam voz em português, impedindo a disseminação da utilização direta ou como ferramenta de ensino qualificado.
Além disso, como os professores de música não têm conhecimento da Musicografia Braille, recusam os estudantes por julgarem impossível o aprendizado da partitura musical com efetividade. Com o desenvolvimento do Software MUSIBRAILLE, criado pela Professora Dolores Tomé e Professor Antônio Borges do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e patrocinado pela Petrobras, o software será distribuído gratuitamente  na internet através do site http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille onde os beneficiados, professores, alunos cegos e o público em geral poderão baixar cópia do programa.

Cordialmente,

Alline Andrade
Coordenação do Arte sem Limites 

terça-feira, 12 de abril de 2011

"Dindi" lindamente interpretada

Foi em 02/04/11 que Eliane Gonzaga, Pedro de Alcântara e Victor Humberto encantaram o Arte. Saiba por quê apreciando "Dindi", de Tom Jobim e Aloysio Oliveira, lindamente interpretada!





Cordialmente,


Alline Andrade
Coordenação Arte sem Limites

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bate papo sobre Beatles com Edu Henning

No último sábado, o Arte recebeu a visita radiante de Eliane Gonzaga, Victor Humberto e Pedro de Alcântara que contaram, cantaram e tocaram as belas músicas que marcaram época e representaram o fenônemo da Bossa Nova. O Arte saiu dessa experiência com muito mais curiosidade e os convidados nos deixaram com gostinho de quero mais!


Agora, a nossa pergunta é: "O que os Beatles têm de tão genial?". É o que Edu Henning provavelmente mostrará no Bate papo musical sobre Beatles, que acontecerá no próximo sábado, lá no Centro Musical do Da Vinci. 


Divulgação: Edu Henning




Edu Henning é radialista e músico da banda Clube Big Beatles, a banda estrangeira (não inglesa) que mais se apresentou no Beatleweek. São 14 anos consecutivos participando desse festival internacional em Liverpool. Com esse currículo, só temos que reconhecer o Edu Henning como uma autoridade no assunto. Curioso? Eu sou a primeira a levantar a mão! Sim, curiosíssima! Você também pode participar desse momento conosco, nos fazendo uma visita e ouvindo as histórias que o Edu tem para contar.


O bate papo com o Edu será no dia 09/04/11, às 10h30, no Centro Musical do Leonardo da Vinci, onde acontecem as aulas do Arte. 


Veja, no vídeo a seguir, um aperitivo do que pode surgir nesse bate papo:

Música "Eleanor Rigby" apresentada pela Banda Clube Big Beatles em parceria com a Banda da Polícia Militar do Espírito Santo e participação especial de Tony Sheridan, o responsável pelo lançamento dos Beatles no cenário fonográfico mundial (gravado ao vivo nas areias da praia de Camburi, em Vitória/ES no dia 10 de Janeiro de 2010).







Abraços,


Alline Andrade
Coordenação do Arte sem Limites